Olá pessoal, tudo bem? Estou de volta ao Clube, mas dessa vez estou de Cruze. De toda forma, pelos amigos que fiz e por ser um ‘substituto’ do Vectra, me sinto no direito e até obrigação de estar aqui novamente. Acho que muita gente saiu e sai do Vectra e vai pra um Japonês, que foi o meu caso, porém acho importante fazer um relato do Cruze, para aqueles que se interessam em trocar o Vectra por um. Ou até, para terem certeza de que este não é o carro que substituirá o Vectra.
Pois bem, antes de chegar até o Cruze, eu passei por alguns japas, em especial 2 Honda Civic que não me deram nenhum tipo de dor de cabeça. Acho que em primeiro lugar porque o Civic é de fato um carro bastante resistente. Além disso, ambas as compras foram bastante analisadas e só comprei carros de procedência e baixa km. Atrelado a isso, mantive as revisões na Autorizada, por um preço razoável, mas justificável pelo nível técnico que encontrei na ccs Honda de minha cidade. A troca pelo Cruze se deu por alguns motivos, mas eu buscava um carro mais legal de dirigir, mais interessante, mais seguro. Para quem não sabe, em meu primeio Civic eu fui atingido na lateral enquanto trafegava em uma rodovia. Mesmo com tamanho impacto, o carro suportou bem e com menos de 40 mil km foi decretado PT. O segundo eu também rodei uma km considerável e decidi vender pois já beirava os 80 mil km e a revisão começava a ficar um pouquiho mais salgada.
O CARRO
Pois bem, vamos ao Cruze. Trata-se de um exemplar branco, versão LT sedan com o pacote R7D(equipado com couro nos bancos, painel e outros detalhes) 2013, adquirido quase em 2014. O veículo, a exemplo do que sempre procuro em minhas compras, está com baixa km, revisões na ccs e em ótimo estado, como deve ser.
HISTÓRICO
Por ter acabado de sair dos Hondas e também por já ter andado muito de Vectra, comparações são inevitáveis, mas se eu pudesse resumir, diria que o Cruze é mais parecido com o Vectra do que com o Civic. Ainda que o Cruze tenha sofrido com a perda de muitos detalhes que sempre equiparam os Vectras, este GM asiático possui o DNA da Chevrolet SIM. Digo isso após rodar cerca de 1 mil km neste pouco tempo que estou com o carro. É um veículo pesado, de direção precisa, motor silencioso de que te dá vontade de dirigir, viajar, etc. É bem diferente de quando se tem um carro apenas como meio de condução. E confesso a vocês: a última vez que senti isso, foi na primeira viagem que fiz com um Vectra Elegance 2008, há longos anos atrás. Acho que rodei uns 500 km sem parar nem pra um xixi, pela vontade que estava de dirigir e dirigir... Além disso, percebo o capricho dos detalhes, dos sensores, da seta inteligente, da regulagem do banco, dos encaixes, enfim, percebo que o Cruze é um carro feito com esmero. Há algum tempo eu li em algum lugar na internet algo que dizia que “civic era razão, cruze era coração”. Concordo, especialment quando vejo a depreciação elevada do Cruze frente ao japa, quando comparo as tabelas de revisõesabsurdas da GM e também quando vejo a lista de equipamentos do Cruze quase triplicar frente ao arroz com feijão do Civic.
ANÁLISE TÉCNICA:
Neste pouco tempo do carro, confesso que muita coisa me surpreendeu...e o melhor: surpresas positivas. Pra não falar que tudo é perfeito, deixarei uma ressalva para o final.
MOTOR e CÂMBIO:
Acho impossível tratar estes assuntos separadamente, especialmente quando falamos de um carro que em seu lançamento recebeu diversas críticas pelo seu peso e também pela quantidade de problemas no câmbio. Confesso que estou bastante satisfeito. O carro é pesado de fato e isso é nítido em arrancadas e retomadas, porém estou completamente apaixonado pelo motor Ecotec. Sempre foi um sonho de consumo(o motor, não o carro). A subida de giro é regular, o motor não urra, não se cansa, não faz barulho, responde imediatamente. E olha que já pude andar 250 km de rodovia e fiquei bastante satisfeito, especialmente pelas médias de consumo(falarei adiante). O giro disponível em baixa rotação é alto, parece um 8v ‘torcudo’. Em alta, sente-se o motor solto, porém sem gritar(fica aqui o diferencial do R18A dos Honda). O câmbio não é indeciso, porém já dirigi AT´s mais rápidos. A impressão que dá é que sacrificaram esses milésimos de segundos para elaborar um módulo que identifacasse melhor as condições, privilegiando o consumo. Outro fato que me irritava(já acostumei) é de que toda vez que se freiava o veículo, o câmbio jogava em N automaticamente, o que causava uma leve ‘descidinha’ qdo soltava o pedal de freio(fato que não ocorre quando se usa o modo sequencial). Falando ainda no câmbio, destaco a sexta marcha: é algo extraterrestre! Ponto negativo por não haver as borboletas...seria bastante legal!
Em rodovias, já optei pelo uso do cruise control, porém com o câmbio no modo normal, sempre jogando a sexta marcha, privilegiando o conforto e o consumo(o carro roda a 110 km/h a praticamente 2 mil rpm). Por falar em rodovia, mais um elogio pro motor: mesmo não tendo um isolamento acústico primoroso, o ruído do motor definitivamente não incomoda. Ouço mais o rodar dos pneus(225/17) do que outras coisas.
SUSPENSÃO:
Aqui realmente o Cruze se aproxima do Civic e fica longe, bem longe do Vectra. É um carro duro. Quem sai de um Vectra direto pra um Cruze certamente estranha. Estou andando com 30 libras na frente e 28 atrás(acho que o manual recomenda 33 vazio), mesmo assim é menos confortável que o Vectra. Porém, bastante semelhante com o Civic.
FREIOS:
Nada acima/abaixo da média. Ponto negativo para um ruído chato ao manobrar em ré. Vi que é característico/defeito do carro. O ABS aparenta ser eficiente, sem assustar/vibrar no pedal. No início estranhei, pois assim como no Vectra, o freio do Cruze é mais ‘mole’. Mas em uma semana já havia me acostumado e, quando necessário, já estava dando tranco no pescoço por pisar com força demasiada.
ESPAÇO INTERNO:
Inferior ao Vectra B, porém bastante semelhante ao Vectra C. Acredito que o porta malas do Cruze seja o menor dos 3. Espaço para os ocupantes da frente é excelente!
EQUIPAMENTOS:
Só pra listar coisas que ganhei na troca do Civic: Faróis com regulagem de altura, retrovisor fotocromico, som com USB, airbags laterais(banco), rodas 17. CONTROLE DE TRAÇÃO e ESTABILIDADE, fora outras coisinhas que não me lembro. O que perdi? Painel digital(não achava bonito, porém é extremamente funcional. Faz falta).
CUSTOS:
Até o momento, sem surpresas, porém o Cruze é um carro mais caro de se ter, seja comprado novo ou usado, quando comparado ao Civic, especialmente pela depreciação e pelas revisões. Seguro não se alterou, confesso que não me lembro se subiu ou abaixou, mas foram R$ 100,00 de diferença. O consumo permaneceu bastante parecido. Em trecho urbano, usando gasolina, tenho feito entre 6,8 e 9 Km/L. Esta oscilação não é o consumo instantaneo. Estou fazendo várias médias a cada 150 km rodados. Tal oscilação se dá pelo tipo de trajeto(curto, longo), pelo transito(ruas congestionadas, vias lentas ou rápidas, etc). Na rodovia tirei duas médias. Uma andando entre 100 e 110 km/h: surpreendentes 14,7 Km/l. Andando acima e explorando o modo sequencial, a média ficou em 12,4 Km/L. Uma média boa, sem surpresas, padrão de Vectra 2.2 16V(um motor mais antigo, talvez mais eficiente).
PONTOS NEGATIVOS
Pois bem, como notaram, ainda estou em lua de mel, mas algumas coisas já me deixaram bastante P* da vida. A começar pela Autorizada GM: liguei para saber o custo e detalhamento da próxima revisão e atendente me respondeu educadamente que ‘está no site, é só olhar’. Questionei os valores, para ter certeza do preço fixo e dos itens, ela reafirmou a informação do site, porém quando questionei os valores de cada item e da mão de obra, ela disse não ser possível. Por imaginar que tratava-se de uma máquina e não de um ser humano, me dirigi até uma ccs, onde a informação novamente foi dada da mesma forma: não me passaram o valor individual dos itens. Desta forma, por estar já fora da garantia, estou pensando em comprar os itens na GM e realizar as revisões fora. Algo que nunca me ocorreu nos Hondas: sempre mantive as revisões na ccs, seja pela qualidade técnica dos serviços, pelos preços praticados e também peça transparência da marca em todo atendimento.
Outros detalhes me chamam a atenção, porém alguns eu já conhecia desde o lançamento do carro: Falta de amortecedores no capô, lâmpadas H4 nos faróis(achei a iluminação fraca), detalhes prateados riscam com facilidade(já comprei 2 peças para trocar alguns riscadinhos), escapamento enferrujando(mal de Cruze e de outros GMs. Os Honda são de inox), barulho horroroso ao fechar as portas(saudade dos Vectra B), desalinhamento crônico dos parachoques...deve ter mais, agora não me lembro).
OPINIÃO GERAL
É isso pessoal. Tentei ser o mais claro possível para tentar ajudar quem pretente/pretendia trocar seu Vectra por um Cruze. Como já disse, estou bastante satisfeito, mesmo sendo nítida a retirada gradual e constante de qualidade a cada modelo que se lança, o Cruze está à altura dos concorrentes e hoje eu posso dizer que, quem sair de um Vectra, em minha opinião estará mais bem servido se optar por um Cruze. Claro que o Civic é um excelente carro, mas apresenta uma sobriedade e uma lógica para quem quer apenas um carro. Para aqueles que gostam de dirigir e sentir o carro, o Cruze é mais capaz de preencher este espaço. Sempre gostei de personalizar meus carros, mas ultimamente andava meio desanimado. Porém com o Cruze vejo que estou bastante empolgado, parece que foi uma escolha acertada e que me satisfez.
Em breve posto fotos, pois meu tempo vago está todo para trocar algumas peças e realizar algumas limpezas e etc. Já limpei o interior, bancos, teto,etc. Esta semana pretendo iniciar a parte externa.
Segue apenas umas fotinhas do carro. Em breve posto fotos de quando estiver ‘completo’.
Sujeira impregnada...terei bastante trabalho:


Ecotec =)

Sujeira dos bancos(limpos mas ainda sem hidratar):

Perfil:

Abraço a todos!